Emmanuel
(Espírito)
Não
julgueis, e de nenhum modo sereis julgados;
Não
condeneis, e de nenhum modo sereis condenados.
Absolvei
e sereis absolvidos.
Lucas
6:37
Perante
o companheiro que te parece malfeitor, silencia e ampara sempre.
Assim
como existem pessoas, aparentemente sadias, carregando enfermidades
que apenas no futuro se farão evidentes para a intervenção
necessária, há criaturas supostamente normais, portadoras de
estranhos desequilíbrios, aos quais se lhes debitam os gestos menos
edificantes.
Compadece-te,
pois, e estende os braços para a obra de auxílio.
Muitos
daqueles que tombaram na indisciplina e na violência, acabando
segregados nas casas de tratamento moral, guardam consigo os
braseiros da angústia que lhes foram impostos, em dolorosos
processos obsessivos, pelas mãos imponderáveis dos adversários
desencarnados de outras existências... E quase todos os que
esmoreceram no caminho das próprias obrigações, rendendo-se ao
assalto da crueldade e do desespero, sustentaram, por tempo enorme,
na intimidade do próprio ser, a agoniada tensão das resistências
às forças do mal, sucumbindo, muitas vezes, à mingua de
compreensão e de amor...
Para
todos eles, os nossos irmãos caídos em delinquência, volvamos,
assim, pensamento e ação tocados de simpatia, recordando Jesus, que
não cogita de nossas imperfeições para sustentar-nos e certos de
que também nós, pela extensão das próprias fraquezas, não
conseguimos em verdade, saber em que obstáculos do caminho os nossos
pés tropeçarão.
*
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Pelo Espírito Emmanuel.
Livro
da Esperança.
Uberaba, MG: Ed. CEC. 1964. cap. 33.
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