Joanna
de Ângelis (Espírito)
Na
causalidade atual dos distúrbios psicológicos, como naquelas
anteriores, sempre se encontrará o amor-ausente como responsável.
(...)
A
conquista do amor é resultado de processos emocionais amadurecidos,
vivenciados pela conquista do Si. (...)
O
problema do espaço físico, que contribui para a agressividade
animal, à medida que se faz reduzido para a população que o
habita, passa a ser enfocado de maneira diversa, em razão de o
sentimento de amor demonstrar que a pessoa ao lado ou distante não é
mais competidora, aquela adversária da sua liberdade, mas se trata
de participante das mesmas alegrias e oportunidades que se apresentam
favoráveis a todos os seres.
O
pensamento, irradiando essa onda de simpatia afetuosa, estimula os
neurônios à produção de enzimas saudáveis que respondem pela
harmonia do sistema nervoso simpático e estímulo das glândulas de
secreção endócrina, superando as toxinas de qualquer natureza,
responsáveis pelos processos degenerativos e pela deficiência
imunológica, que facultam a instalação de doenças.
Por
outro lado, em face do enriquecimento emocional que o amor
proporciona, a alegria de viver estimula a multiplicação de
imunoglobinas que preservam o organismo físico de várias infecções,
tornando-se responsáveis por um estado saudável.
Ao
mesmo tempo, a irradiação psíquica produzida pelo amor direciona
vibrações específicas em favor das pessoas enfocadas que,
permitindo-se sintonizar com essa faixa, beneficiam-se das suas ondas
carregadas de vitalidade salutar.
O
universo é estruturado em energia que se expande em forma de raios,
ondas, vibrações... O ser humano, por sua vez, é um dínamo
produtor de força que vem descobrindo e administrando tudo quanto o
cerca.
À
medida que penetra a sonda do conhecimento no que jazia ignorado,
descobre a harmonia em tudo presente, identificando um fator comum,
causal, predominando em a Natureza, que pode ser decodificado como o
hálito
do amor do
qual surgiram os elementos constitutivos do Cosmo.
A
identificação dessa força poderosa, que é o amor, faculta a sua
utilização de maneira consciente em favor de si mesmo como de todas
as formas vivas.
As
plantas absorvem as emanações do amor ou sentem-lhe a ausência, ou
sofrem o efeito dos raios desintegradores do ódio, que é o amor
enlouquecido e destruidor. Os animais enternecem-se, domesticam-se,
quando submetidos ao dinamismo do amor que educa e cria hábitos,
vitalizando-se com a ternura ou deperecendo com a sua falta, ou
extinguindo-se com as atitudes que se lhe opõem.
O
ser humano, mais sensível, porque portador de mais amplas
possibilidades nervosas de captação – pode-se afirmar com
segurança – vive em função do amor ou desorganiza-se em razão
de sua carência.
Amorterapia,
portanto, é o processo mediante o qual se pode contribuir
conscientemente em favor de uma sociedade mais saudável, portanto,
mais justa e nobre.
Essa
terapia decorre do autoamor, quando se enriquece de estima por si
mesmo, descobrindo o seu lugar de importância sob o sol da vida e,
esplendente de alegria, reparte com as demais pessoas o sentimento
que o assinala, ampliando-o de maneira vigorosa em benefício de
todas as criaturas.
Enquanto
as irradiações do ódio, da suspeita, do ciúme, da inveja e da
sensualidade são portadoras de elementos nocivos, com alto teor de
energias destrutivas, o amor emite ondas de paz, de segurança,
sustentando o ânimo alquebrado, pela confiança que transmite, da
bondade pelo exteriorizar do afeto, de paz em razão do bem-estar que
proporciona, de saúde como efeito da fonte de onde se origina.
Ao
descobrir-se a potência da energia do amor, faz-se possível
canalizá-la terapeuticamente a benefício próprio como do próximo.
Desaparecem,
então, a competição doentia e perversa, o domínio arbitrário e
devorador do egoísmo, surgindo diferente conduta entre os
indivíduos, que se descobrirão portadores de inestimáveis recursos
de paz e de saúde, promotores do progresso e realizadores da
felicidade na Terra.
JOANNA
DE ÂNGELIS (Espírito). Psicografia de Divaldo Pereira Franco. Amor,
Imbatível Amor. Série
Psicológica Joanna de Ângelis. Vol. 09. ed 1. Salvador: LEAL, 2014.
“Amorterapia”. p. 231 (trechos).
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